sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Paralisação Transporte Coletivo [1]















ÔNIBUS URBANO
TRANSPORTE PÁRA DURANTE CINCO HORAS
Funcionários da Glória, responsável por 71% do serviço, interromperam as atividades das 4h às 9h
ANDRÉA ARTIGAS

BLUMENAU - Foi de bicicleta que o servente José Verci Farias, 54 anos, chegou ao trabalho, ontem pela manhã. Morador da Itoupavazinha, precisou pedalar até o Centro. Ele costuma fazer o trajeto de ônibus. No entanto, com a paralisação parcial do transporte coletivo, teve de improvisar.Nas paradas e terminais urbanos, usuários aguardaram o transporte que não chegou. Apesar das longas filas de veículos, que congestionaram as principais vias, a Guarda de Trânsito não registrou ocorrências ligadas ao engarrafamento.Motoristas e cobradores cruzaram os braços das 4h às 9h e toda a frota da Empresa Nossa Senhora da Glória, responsável por 71% do transporte coletivo, parou. Verde Vale e Rodovel funcionaram normalmente.– Fui pego de surpresa. Quando vi que não tinha ônibus, liguei para meu chefe e pedi para ele me buscar no terminal – contou o soldador Marcos Borges, 32 anos.Veículos reservas de outras empresas foram acionadosConforme o presidente do Seterb, Rudolf Clebsch, para amenizar a crise, seis carros reservas da Verde Vale e Rodovel foram acionados para o transporte entre os terminais.– Das 96 linhas da cidade, 66 pararam totalmente. Isso é um afronta à legislação – argumentou.Clebsch explicou que, conforme a lei, em caso de paralisação, é preciso manter 70% do serviço nas horas de pico e 30% nos demais horários.Segundo o tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Blumenau, Ulir Zanella, a paralisação foi definida quarta-feira, após reunião com representantes patronais, que sinalizaram que não atenderiam às propostas dos trabalhadores. Ele reconheceu que durante a paralisação usuários ficaram sem atendimento, contrariando a lei, e argumentou que a medida foi necessária para surtir os efeitos propostos.O assessor de Negociações do Consórcio Siga, Alexandre Pegorim, informou que a classe patronal elaborou uma proposta que atende quase a totalidade dos pedidos de cobradores e motoristas, no entanto, propôs alternativas, não aceitas. O próximo passo é tentar a conciliação através do Tribunal de Justiça em Florianópolis.

Reivindicações x propostas
O que querem os trabalhadores:
- Reajuste salarial de 10% (INPC mais 3% de aumento real)
- Vale-alimentação passaria de R$ 160 para R$ 210
- Mais uma folga por mês. Atualmente, a maioria dos funcionários tem quatro folgas mensais
- Reajuste do auxílio-creche, melhores condições para os motoristas e cobradores nos terminais (construções de banheiros para a classe)


O que propõem as empresas (os reajustes consideram o vale-alimentação):
Glória/Rodovel
- Motoristas: 10,75%
- Cobradores: 14,14%
- Piso categoria: 12,31%
- Demais:8,96%
- Auxílio-creche passa de R$ 50 para R$ 60
- Quinta folga não foi concedida

Verde Vale
- Motoristas: 8,83%
- Cobradores: 9,30%
- Piso categoria: 9,56%
- Demais:8,96%
- Auxílio-creche passa de R$ 50 para R$ 60
- Quinta folga não foi concedida


Fonte: http://www.clicrbs.com.br/jornais/jsc/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&edition=11101&template=&start=1&section=&source=a2293322.xml&channel=31&id=0&titanterior=&content=&menu=&themeid=&sectionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=
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Na imagem do site, vemos o carro 2131 da Consórcio SiGA - Coletivo Rodovel, fazendo provavelmente a linha 30 ou 31, parado no Terminal PROEB

Este carro é um Comil Svelto com Motor VolksBus 17-240, ano 2003, 3 portas, itinerário eletronico.